Apolíneo e Dionisíaco em Nietzsche
Máscaras múltiplas, aplausos, choros.
Duas faces de uma moeda única.
Beijo nas mãos e beijo na boca,
Harmonia epidêmica, desregrada e oca.
A música e a alegria são comuns,
Vizinhos fim e começo, noite e dia.
Baco, vinho e orgia,
Beleza, Apolo, melodia.
A mistura é teatral, é bela, é tensão.
Fertilmente híbrida, nudez do mesmo sim e mesmo não.
Gera o destino implacável,
A Moira sem compaixão.
Mesclagem que destroça, desintegra.
Catarse que faz rir e chorar,
E enlevada enleva...
União, equilíbrio
Triste que é belo, belo que é frio
Harmoniosos fios do mesmo fio
Águas que vão e voltam, partículas do mesmo rio.