Travessia
 
Abri e fechei portas
Saltei muros
Contornei obstáculos
Naveguei por mares calmos e bravios
Mergulhei, mergulhei, mergulhei...
Afoguei mágoas
Quase me afogo
Adentrei densas florestas
Construí trilhas com meus próprios pés
Conheci picos e vales
Perambulei perdida no deserto
Atravessei cortinas de fogo
Pisei em brasas
Alcei vôos
Descortinei mundos
Caí no chão duro da realidade
Uma, duas, três,... um milhão
Despedacei-me
Colei os caquinhos
Despetalei-me
Fiquei só espinhos
Fui podada
Algumas vezes morri
Renasci, mais uma vez.



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Somos tantos
Somos todos
Somos um
São tantos os caminhos
E Algum
Deve ser a travessia
Para o lugar comum!

Euripedes Barbosa Ribeiro
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Somos pedaços da vida
Como am colcha de retalhos
Por muitas vezes perdidas
Quando buscamos atalhos
Aprendendo com as quedas
Que servem como moedas
Na paga dos atos falhos .


Heliodoro Morais


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N esta travessia
O objetivo se fez
R enasceu mais um vez
M ergulhou no interior e
A briu novas portas para o amor.

S endo podada
U m realidade vivida
E xperiências adquiridas
L utas e desafios
Y isto tudo alcançar a vitória desejada.


Angelica Gouvea


Obrigada, queridos poetas, pelo carinho e belas interações.