Teu silêncio
O silêncio me consome
já não sei o que fazer,
não sei se me atiro num rio
ou se sigo você.
A mente não se deixa comandar
e só pensa em te querer.
A alma vaga no moinho
o vento que move é você.
Essa perdição me destrói,
me consome e alucina.
Não sei o que faço agora
me sentindo tão menina.
Chafurdei-me em teu corpo,
do teu ar me apoderei,
te bebi tomei seu gosto
e nem um pouco desviei.
Como faço nesse instante
em que a razão se afasta,
quando não penso em outra coisa
quando a paixão me devasta?
Procuro respostas a ermo
Em todo canto onde estou.
Mas não encontro o gosto
do beijo que você deixou.
Mesmo com tantos escritos
que falta me faz a palavra
que falta me faz teu toque
que me queima como lava.
Acho que por encanto,
loucura ou coisa assim.
Não penso em outra coisa.
Te quero pertinho de mim.
Suas palavras não me alcançam
não sei nem mesmo se devo duvidar.
Se corro para bem longe ou
se me deixo chafurdar.
Gostaria de ouvir,
saber e entender.
Mas somos seres humanos...
O que se há de fazer?
Que me acalme a alegria
e que o sol venha a se apoderar
das minhas horas, meu dia,
de tudo o que de belo há.