cidade

CIDADE

De mim, terás o abandono.

Mas das tuas ruas,

Das tuas casas pressas neste chão

Como eu,

Dessa vista que me rasga e queima

Em fogo.

Que tanto me purifica

Como me deixa em cinzas.

Ficará pra o outrem!

Assim...

Restará pra todos nós o abandono.

Dos nomes soltos nas brechas de memórias,

Que inda estão impregnados nas paredes

Daquilo que sou.

Desse pouca tinta que ficou nos meus olhos,

Quando te vi da serra!

E das cores desbotadas nas fachadas dessas pessoas, que só de ti vive!

Sou de ti, agora.

Sou daqui.

E o mundo é este!

O lugar é este!

Mas, de mim terás o abandono!!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 19/09/2009
Código do texto: T1819943
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