O ANEL DE PROFESSORA
O anel que nunca tive
Aquele com que tanto sonhei
Agora que poderia tê-lo
Não posso obtê-lo e não o ganhei.
O dinheiro, embora material
É necessário para executar
Os sonhos que temos
Apesar de coroar um antigo ideal.
O anel de Professora
Quando na vitrine o observava
Mil sonhos acompanhavam meu olhar
E agora, nem sei o que sonhava.
Um dia eu o tive no dedo,
Foi na missa da formatura e da benção
Mas precisei devolvê-lo
Mesmo com aperto no coração.
Queria usá-lo
Mas, antes exercer uma missão
Senão nada mais justo
Que não tê-lo na mão.
(Escrito na manhã de 02/05/1971 na’ República’ da Rua 18 em Rio Claro/SP, enquanto estudante do 1º ano de Ciências Sociais na FAFI de Rio Claro.
Tema da poesia: eu havia me formado no Magistério primário ( antigo Normal), mas eu não era ainda naturalizada ainda. O anel que usei na formatura só pude pagar a entrada e precisei devolve-lo à loja.)