Canto de poeta

O som da gaivota ecoou lá no fundo do grotão

Sobre o espelho d'água sua fotografia reluziu

Vendo o filete da nascente escorrendo pelo chão

A felicidade dos tempos idos de repente ressurgiu.

Flores às margens do rio carinhosamente eu colhi

Oferecendo-as para vida o apogeu eu consegui

Com o vagalume iluminando o campo deserto

Na minha mente aberta o que era ruim sumiu, eu vi

Ouvi o canto do galo no mais alto galho da laranjeira

Canários belgas também cantavam o lindo sonho meu

A vaca que no curral ruminava lutava de toda maneira

Para alcançar a liberdade na pasto que não floresceu.

O dia raiou de mansinho e logo o sol no horizonte brilhou

Crianças dormiam em paz, paz que certamente não havia

Num mundo cheio de esperança, da menina cheia de tranças

Que Deus com amor e perseverança um dia construiu.

Sonhar é viver feliz, mesmo não se tendo o que sempre quis

Amar é viver a alegeia da dor que o poeta sempre é entregue

Para ele o sol brilha mais forte, seja no sul ou no norte

E lutando contra sorte cantando vida ou morte o amor irá

Sempre existir.

Canta poeta, canta! Que seu sonho é cantar, de amor e alegria

Mesmo quando chorando está, canto eu, canta você em busca

De um novo dia, canta poeta, canta! Na mais doce fantasia

Embalando a criança, na bela esperança de sua tenra e

Melódica poesia.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 24/06/2006
Reeditado em 30/06/2006
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