Intervalo

Na cozinha escura
Contra o vidro picotado
Dançam as folhas da schefflera
Ao sabor do vento noturno

Um jogo de contrastes
Entre as cores da luz de rua
Chegando quase ao sépia
E a iluminação doméstica
De um branco azulado
Alterna-se no cintilar do cristal

O quadro vivo e mutante
Convida o olhar ausente
A beber da poesia

Nilza Azzi


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