O despertar da insensatez
“..O corpo é a sombra das vestes que encobre o teu ser profundo.” (Fernando Pessoa)
A alma aprende se o corpo ensina.
Então não se esconda atrás
Da sensatez que enfarda.
Desnude-se do medo atávico
Que sepulta a morte supérflua
E a alma, impasciente, aguarda.
Ao homem, sua inevitável sina;
Não basta perpetuar a essência
Em uma alma de murcha flor.
Toda veste será sempre podada
Nas sombras à beira da estrada,
Onde a lucidez em vão se resguarda.
Ao cansado corpo, luz e nudez:
Morte e aprendizagem
no rodízio da insensatez...