Indiferença

Madrugada deserta,

Frio de estalar os dentes...

O vento soprava forte,

Meu corpo dormia demente.

Janelas fechadas, venezianas abertas,

A claridade dos relâmpagos invadia o ambiente,

Trovões inquietavam a noite,

Meu sonho fluía diferente.

A tormenta precipitou-se furiosa,

Enxurrada que inundou os campos...

Tempestade carregada de açoites,

Devaneios que me assustavam tanto !

A natureza não estava em festa,

Granizos gotejavam intermitentes,

Raios dilaceravam formosa arquitetura,

Meu sono se agitava de repente !

O céu ia clareando acabrunhado,

Deixando para trás o intenso vendaval...

Um sol surgia tímido entre as nuvens,

Meu despertar era o orvalho matinal !

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 18/09/2009
Código do texto: T1817272
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.