Indiferença
Madrugada deserta,
Frio de estalar os dentes...
O vento soprava forte,
Meu corpo dormia demente.
Janelas fechadas, venezianas abertas,
A claridade dos relâmpagos invadia o ambiente,
Trovões inquietavam a noite,
Meu sonho fluía diferente.
A tormenta precipitou-se furiosa,
Enxurrada que inundou os campos...
Tempestade carregada de açoites,
Devaneios que me assustavam tanto !
A natureza não estava em festa,
Granizos gotejavam intermitentes,
Raios dilaceravam formosa arquitetura,
Meu sono se agitava de repente !
O céu ia clareando acabrunhado,
Deixando para trás o intenso vendaval...
Um sol surgia tímido entre as nuvens,
Meu despertar era o orvalho matinal !