ÁCIDO
Eu que sempre me vi assim
refletida em espelhos distorcidos
com a alma emaranhada pelo medo
Eu que sempre me permiti
viver sem calma, em desassossego
com as vestes alvas, os pés descalços
pisando em cacos do que sobrou de mim
Eu que sempre entulhei minha mente
de promessas e revoluções
e o coração de aventuras e paixões
agora percebo o erro
agora que caio em mim
e vejo que sou rasa, ácida, enfim...