ÁCIDO

Eu que sempre me vi assim

refletida em espelhos distorcidos

com a alma emaranhada pelo medo

Eu que sempre me permiti

viver sem calma, em desassossego

com as vestes alvas, os pés descalços

pisando em cacos do que sobrou de mim

Eu que sempre entulhei minha mente

de promessas e revoluções

e o coração de aventuras e paixões

agora percebo o erro

agora que caio em mim

e vejo que sou rasa, ácida, enfim...

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 17/09/2009
Reeditado em 11/06/2018
Código do texto: T1816473
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