Poeta, não fingidor
Sou assim,
sou poeta,
e assim
para sempre serei.
Mas não serei fingidor
como dizia Fernando.
Escreverei verdades, rotineiras,
ou incomuns, verdades de todo tipo,
boas ou ruins (que são muitas).
De fingimento e fingidores
já estou farto, já temos muitos
no planalto, nos estados
e nas prefeituras.
Fingem os governos,
e finge a população,
finge que sabe do que reclamar,
mas continua errando e
achando que figem bem,
em suma, continuam se ferrando.
Triste sina,
de quem finge tanto
que acaba afundado
em sua própria poesia cotidiana.