Pós-Moderno Sedução
Estou doente!
Já não posso voltar...
Adentrei ao mundo pós-moderno
Triste inferno!
Ontem acreditei
Ser esta a minha verdade.
Cruel realidade!
Escrevi esses versos
Na contramão do reverso.
Fujo desse mundo decadente
Sou moderna, sou prá frente...
Sou afoita, sou valente...
Insubordinada e informada.
Minhas escolhas eu decido
Rasgo tudo que é antigo
Rasgo sonhos e ilusões...
Sou orgulhosa, narcisista
Poso nua prá revista
Afinal sou consumista
O dinheiro é tentação
Faz parte da minha razão.
Sou cidadã do mundo
Ando em frente, piso fundo
Corro atrás do meu prazer
Dos oferecimentos momentâneos
Dos flashes instantâneos.
Tropeço em meus valores
Queimo pedaços de amores
Queimo afeição e tradição.
Depois sozinha em meu canto
Junto às cinzas, choro o pranto
Choro a dor da solidão...
Mesmo cansada,
Enojada desse mundo,
Qual um cão vagabundo
Sem carinho, sem afeto,
Qual um ser incompleto
Secretando emoção
Meu caminho é sem volta
Eu só posso dizer não...
Sou refém deste
Pós-moderno sedução!
Esta foi minha contenda ao poema desafiante de Arlete Castro que posto abaixo.
Volúvel Pós-Modernidade
Tu que andas por aí
perdida em emoções que não conheces
vê se cresces
porque descrente,
tu vais te tornar ainda mais doente
ao transformar o outrora singular
em plural que se vende
e mente sem nunca se encontrar.
Tu que és fruto
do que dantes foi moderno
és cidadã do mundo,
não tens pátria
nem pertences,
arrebata e vais em frente
sem sequer saberes andar.
Vilã e heroína,
vais te perdendo em cada esquina
nas prateleiras de ofertas repentinas,
que te levam ao afã de consumir
e gerir o teu destino
oh! que desatino!
que vontade de voltar
e ir ao encontro do lar!
Volúvel,
Tu te entregas
aos prazeres do momento
enquanto choras
no teu quarto escondida,
máscaras da vida
que te deram pra usar.
E a medida que secularizas a ferida
tu te negas e arrebatas
dizes que és livre e intocável
mas caminhas solitária
finges até saber voar,
enquanto teus pés desprotegidos
pisam o solo efêmero
da tal pós-modernidade
que só tem idade pra o midiático*
dar-te a desfrutar.
Menina,
então não vês
que o que desejas é o abrigo
e o aconchego
de quem te proteja do perigo,
porto seguro e referência,
um colo amigo
que toca a alma e emoção
e mostra-te,
para além do vento passageiro,
que, corriqueiro,
só faz calar coração?
Perdida,
volta para o lugar de onde saíste,
estás cansada,
embriagada deste mundo,
que de tão fundo
não te deixa respirar.
Vem, que há um Caminho a tua espera,
há uma saída para tua solidão,
abranda esse século acelerado
e deixa aflorar ternura e acalanto,
enquanto mãos eternas
enxugam o teu pranto...
Arlete Castro
Portugal
Janeiro - 2009
Estou doente!
Já não posso voltar...
Adentrei ao mundo pós-moderno
Triste inferno!
Ontem acreditei
Ser esta a minha verdade.
Cruel realidade!
Escrevi esses versos
Na contramão do reverso.
Fujo desse mundo decadente
Sou moderna, sou prá frente...
Sou afoita, sou valente...
Insubordinada e informada.
Minhas escolhas eu decido
Rasgo tudo que é antigo
Rasgo sonhos e ilusões...
Sou orgulhosa, narcisista
Poso nua prá revista
Afinal sou consumista
O dinheiro é tentação
Faz parte da minha razão.
Sou cidadã do mundo
Ando em frente, piso fundo
Corro atrás do meu prazer
Dos oferecimentos momentâneos
Dos flashes instantâneos.
Tropeço em meus valores
Queimo pedaços de amores
Queimo afeição e tradição.
Depois sozinha em meu canto
Junto às cinzas, choro o pranto
Choro a dor da solidão...
Mesmo cansada,
Enojada desse mundo,
Qual um cão vagabundo
Sem carinho, sem afeto,
Qual um ser incompleto
Secretando emoção
Meu caminho é sem volta
Eu só posso dizer não...
Sou refém deste
Pós-moderno sedução!
Esta foi minha contenda ao poema desafiante de Arlete Castro que posto abaixo.
Volúvel Pós-Modernidade
Tu que andas por aí
perdida em emoções que não conheces
vê se cresces
porque descrente,
tu vais te tornar ainda mais doente
ao transformar o outrora singular
em plural que se vende
e mente sem nunca se encontrar.
Tu que és fruto
do que dantes foi moderno
és cidadã do mundo,
não tens pátria
nem pertences,
arrebata e vais em frente
sem sequer saberes andar.
Vilã e heroína,
vais te perdendo em cada esquina
nas prateleiras de ofertas repentinas,
que te levam ao afã de consumir
e gerir o teu destino
oh! que desatino!
que vontade de voltar
e ir ao encontro do lar!
Volúvel,
Tu te entregas
aos prazeres do momento
enquanto choras
no teu quarto escondida,
máscaras da vida
que te deram pra usar.
E a medida que secularizas a ferida
tu te negas e arrebatas
dizes que és livre e intocável
mas caminhas solitária
finges até saber voar,
enquanto teus pés desprotegidos
pisam o solo efêmero
da tal pós-modernidade
que só tem idade pra o midiático*
dar-te a desfrutar.
Menina,
então não vês
que o que desejas é o abrigo
e o aconchego
de quem te proteja do perigo,
porto seguro e referência,
um colo amigo
que toca a alma e emoção
e mostra-te,
para além do vento passageiro,
que, corriqueiro,
só faz calar coração?
Perdida,
volta para o lugar de onde saíste,
estás cansada,
embriagada deste mundo,
que de tão fundo
não te deixa respirar.
Vem, que há um Caminho a tua espera,
há uma saída para tua solidão,
abranda esse século acelerado
e deixa aflorar ternura e acalanto,
enquanto mãos eternas
enxugam o teu pranto...
Arlete Castro
Portugal
Janeiro - 2009