É tempo de parar...
Na ausência de espaço
O tempo todo tomado
Súbito surge um vazio
Nestes dias de sufoco
A mente atordoada
Clama por um descanso
Quiçá um ócio criativo
Mas não dá trégua no mundo
A reação esperada
Demora, mas não tarda,
O corpo entra em depressão
Pra escapar o coração
Sudorese, pânico, taquicardia
É a anunciada transgressão
Deixa tudo pra lá, desliga a telefonia
É preciso resistir, feito rebeldia.
Senão pinta cobrança
Mais tarefas se somam
Pilhas de papel tiram-me a razão
É preciso de um basta, dar vazão...
AjAraújo, o poeta humanista, refletindo sobre como nós sufocamos de tantas obrigações no cotidiano que deixamos de viver a vida.