Uma fome

Tem uma fome que exala do café.

Consome-me, me come a alma.

Busco na rima do verso e não encontro o desencontro oco do trajeto que me tenciona para as ramificações sociais do passado.

Vou-me costurando como uma prensa na presença constante das eras.

Bêbado, me afogo no copo aromatizado do chá.

A melodia me acalenta e por instantes entro no embalo da antiga canção.