Mágica
Vestida de folha seca
Entrarei, suave, pela janela
Fazendo de teu exílio noturno
Um canto, com paz de floresta.
Enfeitada de sol que irradia
Luz viva, como fogo de vela,
Aquecerei tuas horas sombrias
Transformando-as em som de seresta.
E por fim, como água cristalina,
Matarei a sede que te atordoa
Saciando teus lábios ressequidos
Entregando-os ao úmido de minha boca.