À VOLTA DO MUNDO

São cinco os continentes

Que fazem parte do mundo

Todos eles são diferentes

Têm ritual profundo.

Oceânia. Europa, América

Numa beleza sem par

Todos nessa bola esférica

Têm muito pra mostrar.

África, terra de encantos

Onde o negro tem magia

Também os prazeres são tantos

Outro culto, outra etnia.

Todos eles escondem segredos

Todos têm as cidades

Todos eles causam medos

E mostram desigualdades.

Gente honesta ou desonrada

Quem vive na podridão

Quem com a guerra travada

Se estenda logo no chão.

Muitos jogos de poder

Muita traição afinal

Servem para descrever

Para cada, a capital.

Pl`a Europa viajando

Continente onde eu nasci

Lisboa fui encontrando

Fica tão perto daqui.

Berlim comanda Alemanha

Em França temos Paris

Madrid abraça a Espanha

Como me sinto feliz.

Berna é capital da Suíça

Estocolmo da Suécia

Com dinheiro e sem preguiça

Ia a Atenas, na Grécia.

Requiavique na Islândia

Budapeste na Hungria

Helsínquia lá na Finlândia

Ankara, lá na Turquia.

Kiev, é "mãe" da Ucrânia

Riga, "mãe" lá da Letónia

Vilnius para a Lituânia

Tallin para a Estónia.

Dublin, terra da Irlanda

Do Liechtenstein é Vaduz

Amsterdão lá na Holanda

Viena, Áustria conduz.

S. Marino é autoridade

Sua própria capital

Luxemburgo sem vaidade

Comanda o próprio afinal.

Antes de fumo sair

João Paulo II, em coma

A vida parou de sorrir

Deixando em Itália, Roma.

Liubliana na Eslovénia

Londres no Reino Unido

Bucareste na Roménia

Também não foi esquecido.

Bruxelas lá para a Bélgica

Varsóvia para a Polónia

Dinheiro pra gente enérgica

Sarajevo para a Bósnia.

Quem comanda é a voz do povo

Quando este com eficácia

Na Rússia vai ver Moscovo

E Zagreb, na Croácia.

Seria do meu agrado

Se um dia fosse a Praga

À sérvia pra ver Belgrado

E na Dinamarca, Copenhaga.

Também me faria falta

Viajar em qualquer ano

Ver la Valleta em Malta

E o próprio Vaticano.

Se apertar o calor

Procuro logo outra área

Para ver se estou melhor

Em Sófia. lá na Bulgária.

Quem tem sujo o seu rosto

Deve pois o ir lavar

Pra não ter nenhum desgosto

Se o Mónaco for visitar.

Uma canção eu escutava

Quando um dia em viagem

Prá Eslováquia e Bratislava

Levando a minha bagagem.

Queria deixar de ser brega

Ser somente homem chique

Ver Oslo, na Noruega

Mesmo que cansado fique.

Queria ainda ir de visita

À Bielorrússia, Misk ver

À Albânia, que bonita

E Tirana conhecer.

As terras que descrevi

Da Europa fazem parte

Das capitais disse aqui

Sem dizer da sua arte.

Em meu país, a ternura

Da música em sinfonia

Embarco numa aventura

Indo até à Oceânia.

Um pequeno continente

Mas que esconde encantos tais

Onde se está contente

Paraísos divinais.

Que loucura insaciável

Viajar longe daqui

É tão bom, é tão saudável

O sol das ilhas Fidgi.

Nas ilhas da Gronelândia

Há pinguins a gelar

Wellington, na Nova Zelândia

Tem paisagens de pasmar.

Se o avião se perder

Se o destino se erra

Se à Austrália for ter

Verei a bela Camberra.

Vou mudar de rumo agora

Vou voar até à Ásia

Vou fugir daqui pra fora

Navego para a Malásia.

Kuala Lumpur é rainha

Desse país anterior

Estremoz, cidade minha

Desse Alentejo interior.

Pensarei que até à morte

Hei-de um dia percorrer

Toda a Coreia do Norte

E PyongYang ver.

No Afeganistão, Cabul

Manila nas Filipinas

Na Coreia lá do Sul

Seul, de lindas meninas.

Seus olhos parecem bicudos

Mas vêem-me bem a mim

Na China parecem mudos

Os homens lá de Pequim.

Por cá vou comendo lombo

De porco assado no forno

NO Sri Lanka, em Colombo

Vou apanhando o sol morno.

Países que são guerreiros

Põem-se em estado de choque

Se na Tailândia, os traiçoeiros

Não deixarem de ver Banguecoque.

Sempre quero ir mais além

À terra de Jesus Cristo

Israel, Jerusalém

Nunca tal tivera visto.

Gosto de uma gota de água

De uma fonte ou num frasco

Na Síria sem qualquer mágoa

Beberia, em Damasco.

Do país que agora digo

Nem vou pensar em ir lá

O povo é meu inimigo

No Iraque, em Bagdad.

Tenho pena das crianças

Sofre tanto o coração

Em Islamabad perco as esperanças

Capital do Paquistão.

Com a Paz no mundo inteiro

A terra era mais bonita

Se alguém fosse mensageiro

Em riade, na Arábia Saudita.

Katmandu, rei do Nepal

Ulumbator, da Mongólia

Amã, da Jordânia é capital

Mascate, de Omã é glória.

Quero que o mundo me escute

E acabe com a traição

No Líbano, lá em Beirute

Nova Deli, na Índia então.

Na Indonésia, Jacarta

Abu Dahabi, nos Emiratos

Enviar-te-ia uma carta

E também alguns retratos.

Em Taiwan, linda ilha

Taié é sua mana

Esquecendo a guerrilha

Voltarei outra semana.

Quando viajo sozinho

Levo comigo salame

Se em Hanoi, por lá caminho

Certo estou, no Vietname.

Uma palavra quase igual

Com a mesma terminação

Faz Teerão capital

Desse país, o Irão.

No Chipre, vistei Nicósia

Para a América vou passar

Na escola escrevi na ardósia

Como é bom recordar.

Um coontinente dividido

No Sul, Centro e Norte

Um outro mundo escondido

Quero ver, se tiver sorte.

Conkry, lá na Guiné

Quito no Equador

E esse São Tomé

É Príncipe pra seu louvor.

No Senegal é Dakar

Onde s efaz o rali

Port-Au-Prince pra nadar

Nas praias lá do Haiti.

Gosto de música ouvir

E do som da balalaica

Quem me dera poder ir

A Kingston, lá na Jamaica.

Gaborone é sagrada

Lá para o Botswana

Georetown abençoada

Princesa lá do Guiana.

A própria Guatemala

Do país é comandante

Se apetece, faço a mala

E viajo num instante.

Luanda de pretas quentes

De Angola pró mundo inteiro

Brasília em tempos recentes

Outrora Rio de Janeiro.

Deveras um paraíso

Uma paisagem tão bela

Deixa na cara um sorriso

Caracas, na Venezuela.

No Togo, manda Lomé

Certamente encantos há

Costa Rica, São José

E em Marrocos, Rabat.

Libreville, no gabão

Na Bolívia é La Paz

Cartum, se for ao Sudão

Que bem, por certo nos faz.

As mulheres do Panamá

Deixam um homem a tremer

Na Colômbia, em Bogotá

O café, vai-se colher.

Acabei por misturar

Dois países em meu léxico

Mas foi só para rimar

Para ir até ao México.

Assunção, no Paraguai

Buenos Aires na Argentina

Montevideu, no Uruguai

Um tango com a menina.

se um bom charuto fumar

Ou quer Fidel conhecer

Pra Havana va voar

Cuba lhe dará prazer.

Accra faz parte do gana

Do Burundi, Bujumbura

Sto Domingo, na República Dominicana

Onde parto prá aventura.

Por certo fará bom tempo

Nas Seychelles, lá em Victória

Passava por um momento

No Sul da África, em Pretória.

Viajava sem ter mágoa

Até a São Salvador

Também ia``a Nicarágua

Ver Manágua com esplendor.

Ilhas Bahamas, Nassau

Na Argélia vi Argel

Noutra Guiné, vi Bissau

Tomei notas num papel.

Pra Dodoma, na Tanzânia

Pra Kampala, no Uganda

Levarei comigo a Tânia

A Maria ou a Vanda.

Levo também a Eugénia

Não parece ser velhaca

Pra Nairobi, lá no Quénia

Para a Zâmbia, ver Lusaka.

Levo calções, leva saia

Para o passeio que vais ter

Ver a Cidade da Praia

Em Cabo Verde aquecer.

Santiago lá no Chile

Fala-se americano

No Congo, em Brazaville

o canto é Africano.

Outro Congo, não é cópia

Democrata entre o povo

Adis-Abeba na Etiópia

Kinshasa no Congo novo.

Durante o meu passeio

Canto fados da Amália

Até chegar sem receio

A Mogadíscio, na Somália.

Em Monróvia, na Libéria

Na Líbia, em Tripoli

Talvez se veja a miséria

Que se vê já por aqui.

Outra fadista de raça

Que tem por nome de Mísia

Até a fronteira passa

Para Tunes, na Tunísia.

Se alguém morre na viagem

Fica o coração de luto

E os pretinhos na imagem

De Moçambique e Maputo.

Uma aventura tão boa

Mas com todos os cuidados

Em Freetown, Sera Leoa

E Bridgetown, nos Barbados.

Talvez algo me faltava

Dos países percorridos

Canadá e sua Ottawa

Washington, nos Estados Unidos.

Por todas estas estadias

Pagarei caro o recibo

No suriname alguns dias

Conhecer Paramaribo.

Nesse Egipto historial

As pirâmides de Gizé

Têm Cairo por capital

Harare no Zimbabué.

Continuo sem dormir

Na montanha vou acima

O Peru vou descobrir

E aó conhecer Lima.

Viajei pl`o mundo fora

Por terra ou pelo mar

É então chegada a hora

De ir prá cama descansar.

Conheci muitas paisagens

Em viagens ideiais

Não passaram de imagens

Simples sonhos...irreais!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 15/09/2009
Código do texto: T1811726
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