Funeral
Na penulbra fosca
De um velho casebre de sapé
Um vulto de mulher em desespero
Soluça uma dor cortante...
No silêncio contrito
Do pequeno grupo
Cânticos religiosos
Espalham um místico conforto
Ao desconsolo daquela gente...
Nas primeiras horas da pálida manhã
Sai o cortejo de negro luto...
Passos lentos cadenciam a liturgia da separação
Conduzindo o morto ao pequeno compo santo...
Badalam os sinos e o corpo desce a campa...
Um vento gelado e fúnebre
Sopra o último adeus ao finado...
Era um homem bom
Sussuram as beatas
Que deus o tenha em seu reino.