Enquanto chove

Os pingos da chuva ofuscam-me a visão, o silêncio me faz companhia.

Dedilhando nos versos, edifico meu universo, rastejando nas letras, minh´ alma compôs a partitura sem rima, exprimir doçura do coração.

Enquanto chove meu coração descobre, que as mágoas seguem o percurso das águas a beira da estrada.

Cada gotícula pingando emergindo no subsolo, soterram o pranto, filtrando lembranças.

Rolam as pedras do caminho, assenta o pó, o dia renasce esplendoroso, enciumado beija-flor acaricia a flor, extraindo o néctar de cada pétala.

A essência adentra no peito, o olhar reluz feito os raios do sol ao meio dia, onde o amor permeia em multicoloridas matizes.

O coração palpita, desprendendo o sentimento bonito, corre nas veias seiva de amor gostoso, grifando em cada palavra escrita.

escrito

23.06.2006

por Águida Hettwer