Ódio platônico

Do platônico filosófico ódio

Tatuado no espelho da mente...

A semente imbuída no espesso véu

Do céu que obscurece as estrelas.

Centelhas, parvas no breu do ócio

Bebem da vertente do equinócio.

Cônscio, que Pilatos era indiferente

Ao amor que foi pregado na cruz

Pelo platônico amor de Jesus.

Que não cura a humanidade de sua sede

Na ira da ignorância.

Constante apelo ao sangue

Que escorre de lábios sedentos

Para sarar dos lazarentos a ferida...

Da vida ativa desses pobres transeuntes

Apenas a esperança de consolo

Na fé que não move a montanha

Nessa cegueira tamanha

Que nos carrega para o abismo!