Amor ferido

Despi de meu ego

vesti-me de coragem

enxuguei meu pranto

Vasculhei o presente

à procura do passado

revirei o meu mundo

que nunca fora achado

Sonho, promessa, amor-perfeito

tapete cúmplice de ardentes desejos

vinhos que seguiram cursos

na geografia de nossos corpos

Amor que bateu asas

pousou em coração alheio

mãos que agora percorrem obras

que não as minhas formas

Percorri horizontes no limite de meus pés

encontrei vazio, medo e desespero

Rio de mim mesma

Volto para o presente

bato a porta do passado

e na covardia de minha coragem

deságuo em prantos

disfarço meu ego

e sigo adiante...