À noite no catre

De caneta em punho

em movimentos ritmados,

danço por folhas,

expresso cores,

sonhos e desejos.

É no leito da noite

que confidencio com o silêncio

um turbilhão de sentimentos,

à procura de respostas,

que por vezes, caem em profundo sono.

Entrego-me com ânsia às minhas poesias

e deixo nelas refletida o retrato de minha vida.

Talvez seja mesmo só escrevinhar,

mas não importa,

quero apenas desprender-me,

soltar o derradeiro

alento de minha imaginação.

Por isso ouso escrever:

um pouco de mim,

um pouco de tudo,

um pouco de nada...