Transformações

TRANSFORMAÇÕES

Certa feita estava no aconchego da sombra de uma árvore,

Olhei para a árvore e pensei:

-Árvore amiga,

Amiga minha,

Perdoa-me neste momento,

O desejo que passou pelo meu coração,

És tão linda, tão grandiosa,

Dá-me a sua sombra e nada pede,

Permita-me que em seu tronco,

Eu grave o meu nome,

Então peguei uma faca,

E desenhei dois corações,

Em um deles pus meu nome,

No outro o nome de uma mulher,

A árvore através de sua seiva,

Tentava me dizer algo,

No momento não entendi,

O tempo passou, a árvore permaneceu,

Eu me fui e um dia retornei,

Passando por lá fui ver em seu tronco,

As marcas que lá deixei,

Surpreendentemente a casca cresceu,

Tapou o que ali desenhei,

Então entendi, que no passado,

A árvore tentou me alertar,

Que na vida as coisas mudam,

E tendem a se transformar.

O Poeta da Solidão

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 14/09/2009
Código do texto: T1808938
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