Renúncia
Não posso permitir que me conheças.
Adivinho-te frágil,
sem temores,
não te defenderias de minha alma
sem fel.
O véu pintado
suavemente caído sobre teus olhos
pesa
aos meus;
meu rosto é assimétrico
e sólido,
meu corpo, quase transparente...
As tintas podem confundir teus gostos...
Tu te crês livre; a consciência de mim te perseguiria
eternamente.
Não, nem de pouca vez
eu te permitiria me conheceres.
Acredita: é tudo para o nosso bem!