Morrer
Próxima da morte, me fiz viva
Próxima da vida, fiz vida sentida
Caminho em passos largos, à frente,
Vendo vidas despedindo-se aflitas.
E vendo um próximo fim que se apetece
Em levar carne, deixando preces
Sem saber, pergunto constrangida,
Será a minha ou outra vida sofrida?
Qual filho ficará órfão?
Qual mãe, insana?
A qual pai restará a lembrança
Que a vida não seguirá para sempre
Nem que a morte brinca de ser criança?