Morrer

Próxima da morte, me fiz viva

Próxima da vida, fiz vida sentida

Caminho em passos largos, à frente,

Vendo vidas despedindo-se aflitas.

E vendo um próximo fim que se apetece

Em levar carne, deixando preces

Sem saber, pergunto constrangida,

Será a minha ou outra vida sofrida?

Qual filho ficará órfão?

Qual mãe, insana?

A qual pai restará a lembrança

Que a vida não seguirá para sempre

Nem que a morte brinca de ser criança?

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 13/09/2009
Reeditado em 16/09/2009
Código do texto: T1808738
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