AMÉRICA DOÇURA
(Oswaldo Biancardi Sobrinho )
Aqui somos todos irmãos
Comemos da mesma colher
América de todas as cores
Mãe de todas as dores
Filhos da mesma mulher
Plantando no mesmo chão
Que o sol racha e seca
Mas o fruto doce germina
Na mão terra latina
Dos Incas, Maias e Astecas
América mãe e madrasta
Devota dos filhos nativos
Mas acolhe o filho imigrante
Que veio de terra distante
Para o seu colo cativo
Mitos, crenças e mistérios
De quem tem sempre esperança
De ver a mãe América um dia
Dona da grande fatia
Que a liberdade alcança
Nossa América
América doçura
Mãe América
A mais linda mistura!
HOMENAGEM AO TOM
(Oswaldo Biancardi Sobrinho)
“Vou te contar”,“Este seu olhar” “Falando de amor” quando você não vem, torna a vida uma “Inútil paisagem”.
“Outra vez”, foi uma “Insensatez” a “Discussão” sobre a “Tereza da praia”. A gente fica sempre “Chovendo na roseira”!
“Ela é carioca”, eu sei, uma “Garota de Ipanema”. Foi só uma “Fotografia” com o “Corcovado” ao fundo!
Peço sua “Meditação” para deixar o “Nosso amor em paz”.
Não podemos jogar fora nossos “Anos dourados” e transformar nossas vidas em um “Retrato em branco e preto”!
Nossos “Caminhos cruzados” mostrou que “Só tinha que ser com você”!
Você é minha fonte como as “Águas de março”, a “Água de beber”!
“Chega de saudade”! “Ah! Quem dera” “Se todos fossem iguais a você”!
AQUARELA TRAMBIQUEIRA
(Paródia de Oswaldo Biancardi Sobrinho )
Brasil, meu Brasil trambiqueiro
Onde se rouba o ano inteiro
E a sede é em Brasília
No Brasil, rouba que dá
O político sabe onde está
O jeitinho pra enganar
E a grana toda desviar
Pra mim, pra mim, pra mim
Há tempo essa gatunagem vem do passado
Ponho no bolso e está encerrado
Quero esse dinheiro sem ter fim
Pra mim, pra mim, tudo pra mim
Deixa o povo todo reclamar
Ninguém vai ter como provar
Tenho notas frias pra tirar
Quero ver a falcatrua caminhando
E no meu gabinete acertando
Como tirar mais algum
Pra mim, pra mim, todinho pra mim, pra mim
Brasília, terra boa e dadivosa
*Oswaldo Biancardi Sobrinho, 70 anos, nascido em São Paulo – SP está radicado em Sorocaba desde janeiro de 2006.
É jornalista, compositor e produtor musical. Desde os 14 anos de idade, quando iniciou o aprendizado de seu primeiro instrumento musical, o acordeon, começou a compor e dessa época até hoje, nunca mais parou com essa atividade. Hoje possui um arquivo com mais de 500 poesias, letras de músicas e pensamentos. Colaborou na produção de dezenas de festivais de música pelo Brasil. Produziu a maior coletânea de cantigas de roda com a gravação de 12 CDs. Representou, por duas vezes, o Brasil no Festival de Viña del Mar no Chile. Participou, organizou e executou o Calendário Criança Feliz, onde pesquisou 180 datas históricas indicadas pela Secretaria do Estado da Educação de São Paulo, musicando 67 dessas datas onde as crianças aprendem cantando sobre as mesmas.
Atualmente faz parte do grupo “Coesão Poética”, pelo qual ganhou o primeiro lugar no concurso de poesias, “Deposia 7”, promovido pelo Instituto Darcy Ribeiro.
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