PRECONCEITO

Serei insubmisso ao preconceito,

De tal cidadão sem nenhum respeito —

Por boicotar os meus versos.

Sou prisioneiro por não ter direitos...

Direitos de cidadão — com defeitos —

Por trilhar caminhos inversos.

A involução de meus compatriotas,

Levam a desventura pros idiotas —

U’a soturna castidade.

Os correligionários sanguessugas,

Amordaçados num paiol de pulgas —

Revela sua insanidade.

A crendice na mor vulgaridade...

Resplandecendo à vil atrocidade —

Adejada na podridão.

Pousa com desconforto sobre o canhão,

Onde resmunga no chão — à comunhão —

Os pecados à escravidão.

Quando a espada dos velozes abutres,

Lambiam os regimentos dos ilustres —

Numa vil sociedade...

Os gladiadores, rugindo indômitos,

Rastejando sobre o fel de vômitos —

Vão nadando na deidade!

A desgrenhada inquisição no furor,

Resvala o gládio no combate d’horror —

Nas reverências sepulcrais.

Em cortejo aos homens — no submundo,

Sobre as misérias do costume imundo —

Promulgam sob os castiçais.

Quando toco na lira — u’a canção de amor...

... ele transforma a rosa nu’a negra flor —

Abismando a crueldade.

Ó alma penada..... Ouve o meu clarim!...

Não vês que a hórrida sepultura é teu fim?...

Deus me deu a alacridade!

Pacco

7 de setembro de 2009.

Pacco
Enviado por Pacco em 12/09/2009
Reeditado em 27/03/2024
Código do texto: T1806814
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