A MINH´ALMA FOI ALÉM

A minh´alma que foi além, voltou cansada. Chegou suja da poeira que recebeu pela estrada. Minha alma que foi de ninguém, chegou abandonada. Sem paixão, sem amor, sem tesão, sem nada... nada. Voltou sim, voltou cansada, suja, fria, empoeirada; voltou totalmente arranhada, mas não sabe dizer nada. Alma silente, voltou para dentro de mim, descontente. De alguma forma, sem regra, sem fatos, sem normas; distante ela foi até o sem fim, mas foi sem mim. De certo, foi porque precisava descobrir o seu próprio caminho; um caminho que se trilha só, bem só... sozinho. No limite da dupla personalidade, mas acho que isso... ninguém sabe. E de fato realmente não sabe, porque minha fugiu cedo. Não deixou nenhum recado, não deixou nenhum bilhete. Minha alma fugiu, aos atropelos, de mim mesmo.