Amor desfeito
Jurava ser só meu,
aquele homem querido,
que entre meus braços ardeu
de tesão e amor desmedido.
- Para sempre teu, somente,
do teu amor estou envaidecido...
Agora, até já esqueceu
das noites de amor, que passou comigo.
Juramos que haveriamos de viver
para sempre esse amor tão louco,
eu não podia imaginar, que ia durar tão pouco.
Agora, me vejo num futuro obscuro,
me sinto morrer aos poucos
caindo, como um fruto maduro.
®Kate Weiss - Inverno/2006
********
Inspirada no poema A RUA
de Manuel Laranjeira (1877-1912)
Ninguém por certo adivinha
como essa Desconhecida,
entre estes braços prendida,
jurava ser toda minha...
Minha sempre! - E em voz baixinha:
- «Tua ainda além da vida!...»
Hoje fita-me, esquecida
do grande amor que me tinha.
Juramos ser imortal
esse amor estranho e louco...
E o grande amor, afinal,
(Com que desprezo me lembro!)
foi morrendo pouco a pouco,
- como uma tarde de Setembro...
Manuel Laranjeira (1877-1912) nasceu em São Martinho de Moselos, Portugal, conselho de Vila da Feira, de uma família modesta. É graças à herança recebida depois da morte de um tio brasileiro que Manuel Laranjeira prossegue estudos e consegue formar-se em Medicina na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Dedica-se desde novo à poesia e ao teatro, colaborando em diversas publicações periódicas, como a Revista Nova, A Arte e O Norte. Viaja entretanto até Madrid, visitando o Museu do Prado e mostra interessa em fixar-se em Paris onde se encontrava o pintor Amadeo de Souza-Cardoso, seu amigo. Em 1912, desesperado com a doença suicida-se com um tiro na cabeça. Obras: ...Amanhã. (Prólogo Dramático), A Doença da Santidade (1907), Comigo. Versos dum Solitário (1912), Naquele Engano d'Alma, Cartas (1943), Diário Íntimo (1952), A Cartilha Maternal e a Fisiologia, Dor Surda (novela, 1957), Prosas Perdidas (1958), etc.
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Jurava ser só meu,
aquele homem querido,
que entre meus braços ardeu
de tesão e amor desmedido.
- Para sempre teu, somente,
do teu amor estou envaidecido...
Agora, até já esqueceu
das noites de amor, que passou comigo.
Juramos que haveriamos de viver
para sempre esse amor tão louco,
eu não podia imaginar, que ia durar tão pouco.
Agora, me vejo num futuro obscuro,
me sinto morrer aos poucos
caindo, como um fruto maduro.
®Kate Weiss - Inverno/2006
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Inspirada no poema A RUA
de Manuel Laranjeira (1877-1912)
Ninguém por certo adivinha
como essa Desconhecida,
entre estes braços prendida,
jurava ser toda minha...
Minha sempre! - E em voz baixinha:
- «Tua ainda além da vida!...»
Hoje fita-me, esquecida
do grande amor que me tinha.
Juramos ser imortal
esse amor estranho e louco...
E o grande amor, afinal,
(Com que desprezo me lembro!)
foi morrendo pouco a pouco,
- como uma tarde de Setembro...
Manuel Laranjeira (1877-1912) nasceu em São Martinho de Moselos, Portugal, conselho de Vila da Feira, de uma família modesta. É graças à herança recebida depois da morte de um tio brasileiro que Manuel Laranjeira prossegue estudos e consegue formar-se em Medicina na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Dedica-se desde novo à poesia e ao teatro, colaborando em diversas publicações periódicas, como a Revista Nova, A Arte e O Norte. Viaja entretanto até Madrid, visitando o Museu do Prado e mostra interessa em fixar-se em Paris onde se encontrava o pintor Amadeo de Souza-Cardoso, seu amigo. Em 1912, desesperado com a doença suicida-se com um tiro na cabeça. Obras: ...Amanhã. (Prólogo Dramático), A Doença da Santidade (1907), Comigo. Versos dum Solitário (1912), Naquele Engano d'Alma, Cartas (1943), Diário Íntimo (1952), A Cartilha Maternal e a Fisiologia, Dor Surda (novela, 1957), Prosas Perdidas (1958), etc.
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