Cigarro
( Humerto Zanine)
Oh pito meu que me condenas a menos vida
Oh prazer teu que me dá o mesmo
Querido tu és
Abandonado eu sou nesta melancolia
E iguais nos somos
Nesta vida nos queimamos
E seremos o mesmo
Pó.
Estética
( Humberto zanine)
Pessoas trancadas na casa do espelho
Com suas imagens invertidas com medo
Forçadas pela hipocrisia da vida
Só os rostos bonitos seguem a linha
O corpo sarado e músculos a vista
Só assim você é alguém
Se não é assim não ninguém
Essa é nossa estética bonita
Essa é nossa alegria vivida
Aprendemos deis de pequenos
A sermos o que devemos
Para não sermos isolados
Temos que ser palhaços
Palhaços de nos mesmos
Trancados no medo
Trancados no seio
Paradas na imagem e no exagero
Querendo aparecer já não sabem para quem
Assim vai sendo os dias dos aparecidos
Assim vai sendo as estética
A mentira do tempo
( Humberto zanine)
A mentira do tempo perde a razão
E se vinga à medida que as gostas caem em orvalho
O preço de enganar a solidão
Se ganha à medida que a morte atrai
E assim o sossego se vinga em um atalho
E se perde em um caminho em ruas escuras
As vozes e os sussurros rondam esta cabeça
Que pensa em dias melhores com pressa
Todos os dias acabam e o relógio da vida passa
Os momentos e ilusões se trancam na lembrança
Perdem-se em labirintos escondidos
E nos fazem sofrer e esquecer desta vida que nos foi tão amarga.
*Humberto Zanine Martins nasceu em Guarulhos São Paulo no dia 08 de outubro do ano de 1987 viveu lá até o ano de 1999 quando se mudou para uma cidadezinha no interior de minas gerais, lá estudou teatro por alguns anos até começar a escrever poesias no ano de 2005.Em 2009 mudou-se para a cidade de Salto -São Paulo para fazer faculdade de comunicação. Ainda não tem nenhuma obra publicada .
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