As Horas

Assim Correm as horas

Enfeitadas de fino tecido de seda

Deixam transparecer as formas dos seus seios

Para ali nos deleitarmos e saciando a sede

Vivermos mais um dia

Assim Passam as horas

Disfarçadas em vestes maltrapilhas

Deixam transparecer as formas das cicatrizes

Para ali sangrando e gritando por milagres

Afastarmo-nos da dor e vivermos mais um dia

Assim esperamos as horas

Para um encontro amoroso de sexo prazeroso

Deixando transparecer um desejo afim

Ali nos satisfazemos unindo amores e desejos

E depois extenuados e inertes vivermos mais um dia

Assim as horas são veneradas e rainhas reinam soberanas

Assim somos reféns e nossas oferendas todas são para elas

Aonde colocamos os nossos desejos

Ali realizamos a nossa saga de aventureiros

Desbravadores de um mundo indiferente

As nossas sementes são germinadas em horas diferentes

Mas às horas sarcásticas que importa?

Somos todos passageiros

Hoje noviços amanhã velhos senhores

De um Tempo que nos é acrescentado

Sem olhar as horas do viver

Robertson
Enviado por Robertson em 10/09/2009
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