Bóreas

Ontem a lua, de tão linda que estava, parecia uma mulher nua...

Era uma bola, uma imensa bola branca a flutuar no céu, num céu azul escuro, parecia um desenho, uma pintura;

Que lua...

Ao olhar em volta do nosso satélite que tanto nos acompanha e guia, avistei um rastro, que cruzava ao céu , assim como um cometa ao espaço, creio que deve ter sido o rastro de um avião que adentrou as nuvens, parecia um cordão de pérolas em pescoço de linda mlher, como se fosse a jóia de uma rainha, dessas lindas Rainhas que despontavam os tronos europeus.

... Lembro-me da história de Elisabeth Rainha da Inglaterra, que ao procurar pretendentes para o casamento (naquela época os pretendentes eram oferecidos devido sua posição social... Num sei quem da Áustria, num sei mas quem da Prússia e por ai se ia...) se deparou com um navegador Espanhol da esquadra de Cristovão Colombo, apresentou-se a Majestade dizendo-se encantado com a beleza da dama, A Rainha se encantou com aquele marujo, aliás foi o único que a nobre dama realmente se interessou... Logo então foi retirado do salão e enviado rapidamente para uma esquadra que embarcaria em mares distantes para um lugar desiginado por eles de Nova Inglaterra. Chegando a esse local o marujo batizou as terras com o nome de Virginia (hoje estado americano de Virginia) em homenagem aquela Rainha que ainda virgem desempenhava grande poder e por quem ele se apaixonou... bom mas deixemos por aqui essa historia ...

Mas o que de fato me impressionou naquela singela pintura da noite, foi o reflexo do sol refletindo na lua e formando um imenso arco prateado a desbravar a nossa atmosfera, como um imenso vél de prata a desenhar aquela magestral pintura, que lindo ceu! que linda noite!

Pena que não tenho o conhecimento astronômico para citar cientificamente o que vi, mas me lembrou a aurora dos polos, aquele fenômeno que ocorre quando os ventos solares entram em contato com o campo magnético da terra, formando uma série de arcos, como uma imensa cortina colorida a iluminar a noite dos desprovidos de companhias daquelas terras gélidas.

E assim me despedi da noite , com uma agradável sensação de poder desfrutar de tanta beleza e muito gradecido a Deus por todos os dias nos presentiar com sua linda obra de arte!!!

Vinícius Burgos

07/07/2009

*O Título da poesia "Bóreas" é uma homenagem ao batismo dado por Galileu Galilei a esse fenômeno (Aurora boreal), ele se referia a deusa romana Aurora, deusa do amanhecer, e seu fliho Bóreas, que representava os ventos frios do norte.