Reviravolta

REVIRAVOLTA

Comentava com um amigo a minha situação,

Dizia que me sentia insignificante,

Igual um grão de areia caído num deserto,

Tão igual, tão insignificante,

Mas a declaração amiga me disse:

- Eis que um grão de areia

Levado pelo vento,

Entrou nos olhos de um príncipe,

Este com os olhos ardendo foi até o castelo,

Lá chegando foi socorrido pela princesa,

Que imediatamente com carinho,

Retirou do olho do príncipe o grão de areia,

E uma idéia lhe brotou na mente,

Mandou fundir um anel,

E dentro da pedra transparente

Mandou que colocasse aquele grão de areia,

E aquele grão de areia insignificante,

E tão igual, passou a ser o grão de areia

Mais cobiçado de todo o reino,

Quando se está no deserto

Podemos não ter o que queremos,

Mas temos que preservar a esperança.

O Poeta da Solidão

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 10/09/2009
Código do texto: T1801977
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