Aos dezessete ventos
E falei e gritei aos dezessete ventos
Que escrever é como entrar em um tubo de turbulência
Fragmentando todos os pontos (.) do mundo.
Tornando-os vírgulas (,) enormes.
Que em demasia cobre todo o ser
Fragmenta a vida inútil do humano demasiado
Como forma não só de expressão e sentimento
Mas, como a própria vida em suma.
Como a visão de vários ângulos projetados
Sobre vértebras fogosas e voadoras
Dentro de árvores e arbustos, imagináveis, secretos.
Liberdade em frações infinitas
Sem qualquer interferência da razão
Exposição, destruição, implosão.
De um mundo dentro de outro
De um “ser” maior que a matéria e a metafísica sátira.