Aos dezessete ventos

E falei e gritei aos dezessete ventos

Que escrever é como entrar em um tubo de turbulência

Fragmentando todos os pontos (.) do mundo.

Tornando-os vírgulas (,) enormes.

Que em demasia cobre todo o ser

Fragmenta a vida inútil do humano demasiado

Como forma não só de expressão e sentimento

Mas, como a própria vida em suma.

Como a visão de vários ângulos projetados

Sobre vértebras fogosas e voadoras

Dentro de árvores e arbustos, imagináveis, secretos.

Liberdade em frações infinitas

Sem qualquer interferência da razão

Exposição, destruição, implosão.

De um mundo dentro de outro

De um “ser” maior que a matéria e a metafísica sátira.

Ton Dourado
Enviado por Ton Dourado em 22/06/2006
Código do texto: T180154