A parte que me cabe
Um povo acostumado a ser escravo
A mesmice de uma vida submissa...
Entregues a um pensamento burguês:
Devo ser o que sou e aceitar
A miséria por companheira inseparável!
Não quero migalhas de um governo frajudo!
Quero o que me é direito:
“A parte que me cabe neste latifúndio!”
Quero por meu suor o preço justo!
Não quero o que é teu,
Mas quero o que é meu!
Não quero petróleo e nem urânio
Quero leite e pão e...
Um bom estudo pro meu guri!
Não quero discursos partidários
Legendas, emblemas, lemas...
Nada me importa o teu diário!...
Não quero promessas; quero ações!
E quero urgência no meu caso
Não o descaso a minha dor!
Quero que me veja como sou!
Que me toque e sinta...
Que não me encare por robô!
Sou humano! Sou divino!
Pertencente a este mundo...
“Quero a parte que me cabe neste latifúndio!”