A parte que me cabe

Um povo acostumado a ser escravo

A mesmice de uma vida submissa...

Entregues a um pensamento burguês:

Devo ser o que sou e aceitar

A miséria por companheira inseparável!

Não quero migalhas de um governo frajudo!

Quero o que me é direito:

“A parte que me cabe neste latifúndio!”

Quero por meu suor o preço justo!

Não quero o que é teu,

Mas quero o que é meu!

Não quero petróleo e nem urânio

Quero leite e pão e...

Um bom estudo pro meu guri!

Não quero discursos partidários

Legendas, emblemas, lemas...

Nada me importa o teu diário!...

Não quero promessas; quero ações!

E quero urgência no meu caso

Não o descaso a minha dor!

Quero que me veja como sou!

Que me toque e sinta...

Que não me encare por robô!

Sou humano! Sou divino!

Pertencente a este mundo...

“Quero a parte que me cabe neste latifúndio!”

Agnaldo Tavares o Poeta
Enviado por Agnaldo Tavares o Poeta em 09/09/2009
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