Desejo selvagem!
Meu corpo desperta aflito.
No conflito de uma cama vazia,
A vontade de ser amada traduz...
Meu momento de solidão.
E choro, o abandono do meu coração.
No vácuo do espaço, meus braços,
Me abraçam, e buscam no vazio,
O leito ao lado...frio, sombrio.
Então me acaricio, me toco...
No esforço de um consolo.
Entrego meus seios a minhas mãos
E então, minhas pernas se fecham e afagam meu sexo.
Um, desejo me invade, um fogo, uma vontade...
De um peso sobre meu ventre...
E uma boca buscando a minha,
Num beijo louco, insano.
Com a força das tempestades,
Que no mar modificam a paisagem,
E registram uma imagem selvagem...
Como os raios que cortam os céus,
E clareiam a escuridão,
E queimam a terra onde caem,
Fogo veloz, como o que me invade,
E sinto, um calor me aquecendo a pele,
Me deixando assim, entregue,
Ao sonho de um grande amor.
Que ultrapasse as minha barreiras,
E me diga por entre os dentes,
__Eu quero você inteira!__
Alma, corpo, gosto...E me beije o rosto!
Com ternura e sensualidade.
E me enrole o corpo, com o próprio corpo...
Que domine minha vontade.
E me possua com a força de um deus.
Que me agarre pelos cabelos,
E me cavalgue em pelo...
Pelos céus de nosso anseios.
Que se delicie, com meus seios!
Que entenda meu tesão,
E controle esse vulcão,
Que acordado verte larvas,
Que escorrem do meu ventre.
Nessa fria madrugada...
Em que meu corpo desperta aflito!