A CURVA DA ESTRADA

Ontem estava eu tão triste e só

Era demorada e fútil a noite a passar

Foi como aquela outra noite

Em que nos despedimos

Lá naquela velha e inútil estrada.

Foi verdadeiramente cruel

E chega a ser desumano

A volta das lembranças.

Contigo aprendi muitas coisas

E como foi sofrido tal aprendizado

Mas gostava até daquela dor dadivosa

Mas tudo sucumbiu assim de repente

Sem uma causa exata

Ali mesmo na curva da estrada

Estrada que desviei e sequer olhei pra trás

Com uma força única

Me virei e segui

Não sei como você ficou

Não sei como você seguiu

Mas não esqueço o porquê

Dessa minha tristeza tão antiga.

C.A.D S.T.C.