Cidade

Plantas no concreto,

Cimento nos corações.

A cidade não pára,

Seu coração é uma máquina,

Nunca cessa seu pulsar.

A cidade sobeja perversamente,

Deixa sem rumo sua gente,

Peça essencial de sua existência.

A cidade é cinza, exala fumaça,

Emite sons de motor e buzina.

A cidade permanece omissa a suas verdades,

Mas dentro dela pode-se ver,

Um resquício de humanidade,

Desolada, calada e pobre.

Na cidade ainda é possível,

Ouvir um coração humano,

Bater fraco, porém ainda vivo.

Mas até quando?

Fernanda Freitas

07/09/2009

Fê Freitas
Enviado por Fê Freitas em 08/09/2009
Código do texto: T1798898
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.