Cidade
Plantas no concreto,
Cimento nos corações.
A cidade não pára,
Seu coração é uma máquina,
Nunca cessa seu pulsar.
A cidade sobeja perversamente,
Deixa sem rumo sua gente,
Peça essencial de sua existência.
A cidade é cinza, exala fumaça,
Emite sons de motor e buzina.
A cidade permanece omissa a suas verdades,
Mas dentro dela pode-se ver,
Um resquício de humanidade,
Desolada, calada e pobre.
Na cidade ainda é possível,
Ouvir um coração humano,
Bater fraco, porém ainda vivo.
Mas até quando?
Fernanda Freitas
07/09/2009