Journey – VI
Rapsódias novas com variações de fugas
Morcegos chupando frutas, aviadores,
Baseado em rotas alternativas, tornos,
Escafandro em uso na Paulista
Ar suspenso & rarefeito, outro ato,
Teatro dos Vampiros, fórmula & Legião,
Pedras rolando no telhado de vidro
Santana vai tocar em Lisboa agora,
Água gelada com limão, um pé na gripe,
Dimensionar alegrias ouvindo Ozzy,
Estripulias navegáveis em Sin City,
Menina não adianta virar a bunda para o mundo
Com certeza, sempre alguém vai olhar,
Vento castiga vindo de qualquer lado,
Escondeu a cara, mais a vida bateu na porta,
Atenção: vadias & vadios a bordo,
Ventos no quadrante norte a bombordo,
Icem as velas, vamos navegar agora,
Cães do mar toquem essa nau depressa...
Ou o couro vai ser estica no velame,
Cascalhos partidos na epopéia rural,
Caranguejos abandonam a praia, petróleo,
Garoa na serra, lá pela borda do campo,
Asa delta sorrindo debaixo do frio,
Fumaça partida na ponta do cigarro,
Bico duro no seio exposto, correria,
Quadra de ases na mão seca, loteria,
Pedidos para lerem o “Bagrecéfalo”,
Na city ilhada, um beijo estalado no ar,
Já avisaram que o próximo Porto está cheio,
Seguir viagem até a segunda parada,
Abram outro barril de rum imediatamente,
Previsão do tempo tomando bolas nas costas,
Madeira a deriva venda daquele rio, esfaimados,
Temperos para curtir a carne sem excesso de sal,
Água que balança a corda, apertos generais,
Estoque de gás dos Andes infla a paciência,
Uma hora acaba, aí vão chupar pedras,
Tijolo na vidraça, holofote no olho,
Quando chegar no Porto, vinhos & cigarros,
Muitas frutas & carnes para suprir.
Na vaga que o olhar destila...
Peixão89