DESVENTURA

Sento na relva numa noite,

o barulho é todo da natureza,

o silêncio, que busco não encontro,

acossado pelos ruídos da incerteza.

Nem amada ou mesmo amadas,

nem presentes nem passadas,

quantas lágrimas derramadas,

paixões que agora são nada.

Uma casou-se com um outro,

a que ficou me trouxe desventuras

outras e outras vieram e se foram,

amores efêmeros. e sem ternuras.

Não tem valor algum qualquer jura,

a um coração ferido de morte,

por uma amor ingrato e passageiro,

que em minha gibeira fez aporte.

Mas esse sim é que me deixa aqui,

esvaindo em pensamentos e porques,

o verdadeiro ingrato. O coração,

que topa iniciar tudo outra vez.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 07/09/2009
Reeditado em 07/09/2009
Código do texto: T1797085
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