A vida no calendário.
Dos sonhos que sonhamos em décadas de paixão,
nada resta senão só lembranças e saudade
O que antes foi nas veias, fogueira e brasidão
Hoje mata pelo gelo que na alma ainda arde
Tantos planos sussurrados com o doce aval da lua
Entre abraços apertados e juras sob o lençol
Palavras adormecidas, deixadas na porta da rua
Quando fortemente atingidas pelo duro olhar do sol
Um futuro desenhado na página de um diário
Com versinhos de poemas no centro de um coração
E numa folha dobrada, estrofes de uma canção
Jeito simples de marcar a vida no calendário
Onde os sonhos são quimeras, necessária ilusão
E as verdades são promessas no meio da solidão
Poesia On Line
06/09/2009