A vida no calendário.


Dos sonhos que sonhamos em décadas de paixão,
nada resta senão só lembranças e saudade
O que antes foi nas veias, fogueira e brasidão
Hoje mata pelo gelo que na alma ainda arde

Tantos planos sussurrados com o doce aval da lua
Entre abraços apertados e juras sob o lençol
Palavras adormecidas, deixadas na porta da rua
Quando fortemente atingidas pelo duro olhar do sol

Um futuro desenhado na página de um diário
Com versinhos de poemas no centro de um coração
E numa folha dobrada, estrofes de uma canção

Jeito simples de marcar a vida no calendário
Onde os sonhos são quimeras, necessária ilusão
E as verdades são promessas no meio da solidão






Poesia On Line
06/09/2009
Charlyane Mirielle
Enviado por Charlyane Mirielle em 07/09/2009
Reeditado em 07/09/2009
Código do texto: T1796728
Classificação de conteúdo: seguro