O MAIS É MENOS
Mergulho no espanto do que vejo,
O ser investido de possibilidades.
A loucura e sanidade do mundo,
Tornam pequeno qualquer saber.
No cume, a imensidão;
Na superfície, a tábua rasa dos iguais;
No mergulho a bruma cinzenta das gentes,
Na névoa impenetrável das mentes.
No palco, já não se compreende o Bem e o Mal.
Céu e Inferno se fundem aqui mesmo.
O que era para depois já contabiliza agora.
O presente encerra os minutos de Eternidade.
O mais e tudo se anula num repente,
Quanto mais se acrescenta, é o menos que vige.
De tanto que vi e soube, chego ao nada,
O vazio da incipiência de tudo.
07/09/2009