Mater
Foi-te a árvore dos frutos
E da árvore foi-te um fruto um dia
Teus frutos haverão de sobreviver seus dias brutos
E hão de virar árvores sadias
Que da vida toda plantou duro e colheu duro
Num suor apaixonado chocou a sobriedade
Construiu para as suas crias um lugar seguro
E transformou-o em feliz história na realidade
Que da vida todos beberemos de tua glória
E de tantas famílias felizes
Nada temos a ver com seus narizes
Façamos nossa própria história
De trezentos outros, esse dia é do seu ventre
Mas o infeliz destino guarda a todos uma chama ardente
Na qual acharemos nossos corpos livremente.