Homenagem a um amigo poeta...
Na gélida sombra de mais uma solitária noite
Dois poetas conversam...
Apoiados em suas janelas
como se dali pudessem saltar,
Mas não saltam...
São dois corações saudosos
Saõ dois poetas amantes
Que expõem seus corações
Ao ridículo de quem não sabe amar.
São horas e horas de prosa
(E verso)
E os corações se cansam de amar.
As janelas se calam,
Os poetas se vão...
E tudo o que resta
É poesia jogada ao vento,
É um amor que sangra na carne,
Que transborda no brilho dos olhos
Mas que já não existe...