FINALMENTE
(Na manhã da revolução de Abril)
Finalmente chegou o autocarro
em que viaja a esperança no futuro.
Não mais podem esmagar-nos contra o muro
e atirar-nos à lama como um escarro.
Preso que fuma o último cigarro
e, resoluto, sai do antro escuro
respira a liberdade e um ar mais puro,
com vento a gargalhar em tom bizarro.
Os soldados nas ruas somos nós,
é o povo em armas, é a nossa voz
que ressoa nos ares sem tremer.
Finalmente eis chegada a nossa hora
de estrangular o medo e, sem demora,
de lutar pela vida. E de vencer.
Abril/74
(Na manhã da revolução de Abril)
Finalmente chegou o autocarro
em que viaja a esperança no futuro.
Não mais podem esmagar-nos contra o muro
e atirar-nos à lama como um escarro.
Preso que fuma o último cigarro
e, resoluto, sai do antro escuro
respira a liberdade e um ar mais puro,
com vento a gargalhar em tom bizarro.
Os soldados nas ruas somos nós,
é o povo em armas, é a nossa voz
que ressoa nos ares sem tremer.
Finalmente eis chegada a nossa hora
de estrangular o medo e, sem demora,
de lutar pela vida. E de vencer.
Abril/74