A DOÇURA DO ILUSÓRIO

No peito do poeta bate uma flor

cujo perfume exala em sua poesia

e se em suas pétalas explode o amor

ele se vê completo na fantasia

No ritmo desse compasso desmedido

por oceanos que apenas a candura vê

segue a doçura do ilusório esquecido

desejando algo que nunca haverá de ter

Mas enquanto viva estiver no seu peito

como chama sustentando a alegria

sonhará conduzindo a vida a seu jeito

porque a flor o alimenta a cada dia

Seus erros, as tristezas e desenganos

serão somente o dobrar de esquinas

e os melancólicos momentos insanos

são as quimeras próprias de sua sina

Porque ser poeta é mover o universo

com palavras cavalgando a ternura

e na órbita cândida de seus versos

vê-se uma luz de cor branda e pura

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 06/09/2009
Reeditado em 07/09/2009
Código do texto: T1795366
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