MUAR

porque me chamam de burro?

se tantos vemos por ai,

dotados de tal burrice,

que desse trono eu cai?

Um empregado exemplar,

trabalha décadas e não descobre,

que quanto mais ele trabalha,

está cada vez mais pobre.

O fiel vai para o templo,

buscar apoio numa divindade,

sai faxinado no bolso,

sem perder a leviandade.

O povão da periferia,

trás na política a paixão,

deposita na urna o voto,

mas sua rua é estrada de chão.

há o universitário que se forma,

para atender seus ideiais,

não cnsegue e anos mais tarde,

se vê como um capacho a mais.

Parem de me chamar de burro.

Antes que minha paciência acabe,

sou mesmo um asno, disso sei,

mas tem gente que ainda não sabe.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 06/09/2009
Reeditado em 03/07/2010
Código do texto: T1794992
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