Nós do novelo.
Ele veio e sorriu.
Olhou minha alma e a domou.
Quase tocou meu mundo... escorregou.
Queria amar, apenas amar.
Não me prometeu nada e
me deu o céu com tudo.
Vida doida essa
em que tudo se encontra
e nada se alcança.
Ele veio tão menino
e saiu homem me transformando em feto.
Ele queria o definido contorno.
Me recriou com sua experiência,
me instigou o desenrolar do novelo
e ficamos presos nos fios.
Tínhamos a saída.
As pontas do fio ainda eram vistas.
Mas, retas não sabíamos qual delas era o início.
E o início não importava.
Ele veio, saiu. Voltou.
Estamos emaranhados em nós
com os nós da linha.