À Deriva
Navego meu barquinho à deriva
Nesta imensidão de mar.
Sozinha, não sei que rumo tomar.
Eu aqui em meu barquinho de papel.
Olho para os lados. Só vejo água.
Olho para cima. Só vejo o céu.
Céu todo limpo. Nele só se vê o sol.
Que teus raios refletem
Entre as ondas do mar.
Mar que tem teus mistérios
Vezes está calmo, nos mostrando tua beleza.
Vezes está revolto nos mostrando tua grandeza.
É Netuno, o deus dos mares nos mostrando sua fortaleza.
Eu, navegando meu barquinho no tempo.
Também me perco em pensamentos.
Penso, reflito e sem saber o que invento.
Se escrevo um poema
Numa folha sem pautas.
Se toco na flauta
A canção do amor.
Coração palpitando.
Me sinto uma sereia em pele nua.
À deriva,
Meu barquinho continua.
Clarice de Jesus
13/08/2009