Outros eus profundos

Já dizia Pessoa:

“O poeta é um fingidor”

Mente e finge tamanha dor

Em palavra, verso desolador

Eu tento compor lamentos

Falo de agruras, dores

Sofrimentos

Mas não minto

Incremento

Quem os ler senti-los-ão

Cada qual se presume, celebração

Inefável e incólume sensação

Pois, os versos aqui compostos

Não confirmo, sabe-se lá

Com quem se identificarão os opostos

Os mitos por mim descritos

São nada e tudo, infinitos...

*Dedicado ao poeta lusitano Fernando Pessoa (1888-1935)

Marciano James
Enviado por Marciano James em 04/09/2009
Reeditado em 24/01/2011
Código do texto: T1792210
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