Sofrer na poesia

Sou poeta!

Então, sofro!

Sou como a rosa

sensível, delicada e

cheia de espinhos!

Todo poeta sofre!

Ele sente o que

lhe vai na alma!

Adormece ao som do vento.

Chora e ri, brinca...

Vira criança e... Cria!

Sente o cheiro da flor,

vibra quando há dor,

de novo adormece.

Vira a noite escrevendo;

Pensando e escrevendo;

Naquele amor que se foi!

O poeta acorda,

lê o que lhe resta

de um coração seresta,

amante se enlouquece!

E sai a dizer palavras

tortas, machucadas,

cheias de toques

sutis e celestes!

Fala da lua, das estrelas,

das ondas do mar

da praia deserta.

Fala da mulher, da

amante, da prostituta

falante, das bebedeiras

delirantes.

Poeta eu sou!

Choro e sofro!

Rio e brinco!

Vou poetizar a vida,

o amor, a agonia.

Vou sair e beber,

vou falar, talvez cantar!

Vou fazer tudo o que eu quiser,

até me acabar em pé!

Dani Castro
Enviado por Dani Castro em 04/09/2009
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