Sofrer na poesia
Sou poeta!
Então, sofro!
Sou como a rosa
sensível, delicada e
cheia de espinhos!
Todo poeta sofre!
Ele sente o que
lhe vai na alma!
Adormece ao som do vento.
Chora e ri, brinca...
Vira criança e... Cria!
Sente o cheiro da flor,
vibra quando há dor,
de novo adormece.
Vira a noite escrevendo;
Pensando e escrevendo;
Naquele amor que se foi!
O poeta acorda,
lê o que lhe resta
de um coração seresta,
amante se enlouquece!
E sai a dizer palavras
tortas, machucadas,
cheias de toques
sutis e celestes!
Fala da lua, das estrelas,
das ondas do mar
da praia deserta.
Fala da mulher, da
amante, da prostituta
falante, das bebedeiras
delirantes.
Poeta eu sou!
Choro e sofro!
Rio e brinco!
Vou poetizar a vida,
o amor, a agonia.
Vou sair e beber,
vou falar, talvez cantar!
Vou fazer tudo o que eu quiser,
até me acabar em pé!